Por esse sacramento, a missão confiada por Cristo a seus Apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos. É, portanto, o sacramento do ministério apostólico. Compreende três graus: o episcopado, o presbiterato e o diaconato.
Em grau inferior da hierarquia, estão os Diáconos aos quais são impostas as mãos não para o sacerdócio, mas para o serviço. Eles participam do ministério pastoral do Cristo servidor e recordam, para toda a comunidade, o serviço que deve marcar a vida da Igreja.
O Diácono permanente não pode ser considerado como substituto por causa da falta de presbíteros. Ele deve ser reconhecido na sua identidade e no seu próprio dom e missão na Igreja. A indicação dos candidatos ao Diaconato permanente deve sempre partir do Pároco que, para isso, deverá ouvir o Conselho Pastoral Paroquial e outras pessoas idôneas da Paróquia.
Os candidatos ao Diaconato são escolhidos dentre os cristãos que já exercem um serviço na comunidade. São homens de sólida maturidade humana e cristã, de amor à Igreja, sensibilidade pastoral e espírito de serviço e doação. Sendo casado, para ser admitido ao Diaconato, o candidato precisa ter licença escrita da esposa, expressando também sua adesão ao trabalho que o marido assumirá.
A família e especialmente a esposa devem ser preparadas para o ministério do futuro Diácono. Como homem a serviço da comunhão eclesial, não pode ter atuação político-partidária. Para ser ordenado, o candidato ao Diaconato permanente deve ter pelo menos 35 anos de idade e, se unido pelo sacramento do Matrimônio, ao menos 5 anos de casado.
O critério para um candidato ser admitido às ordens sacras não se reduz simplesmente à conclusão dos estudos teológicos, mas inclui também a demonstração de maturidade humana, afetiva, espiritual e pastoral necessária ao exercício do ministério e à fidelidade aos compromissos a ele inerentes.
Na celebração da Ordenação, como em todas as celebrações litúrgicas, o centro é Jesus Cristo, Bom Pastor, Sumo e Eterno Sacerdote. Para ele é que devem se voltar as atenções. A celebração litúrgica deve ser orante e valorizar os símbolos, especialmente aqueles que são próprios do ritual da Ordenação. Deve-se evitar, portanto, qualquer coisa que transforme a celebração em show ou espetáculo. Junto à cátedra, devem estar preparados os lugares para os dois diáconos que acompanham o Bispo.
Os assentos para os concelebrantes devem estar dispostos de modo que a assembleia possa acompanhar bem a celebração. Eles não devem estar misturados com outros ministros e acólitos. O local da Ordenação pode ser a cátedra ou diante do altar, conforme o espaço disponível. Se for feita diante do altar, é bom que os assentos para o Bispo e os Diáconos assistentes já estejam no local e aí permaneçam durante toda a celebração, desde que não tirem a visão do altar. Nas ordenações sempre podem ser usados paramentos brancos.
Exceto nas Solenidades e nos Domingos do Advento, Tempo do Natal, Quaresma e Tempo Pascal, podem-se escolher as orações mais apropriadas entre as Missas para as diversas necessidades, conforme são encontradas no Missal Romano. As leituras, o salmo responsorial, o canto de aclamação e o evangelho devem ser escolhidos entre os que estão indicados no Lecionário para Missas Rituais.
No rito da Ordenação, sejam evitados os testemunhos a respeito dos candidatos, pois isso não está previsto no Ritual da Ordenação e também prolonga desnecessariamente a apresentação dos candidatos. A aprovação da assembleia, após a apresentação dos candidatos, pode ser cantada ou manifestada de outra forma, por exemplo, com aplausos.
Se houver homenagens aos recém-ordenados, ao final da Ordenação, que sejam sóbrias e breves. A Catedral é o local próprio para as ordenações. Entretanto, por motivos pastorais, a critério do Arcebispo, ouvidos os candidatos, podem ser celebradas em outro local conveniente. Na Paróquia onde se realizará a Ordenação, bem como na Paróquia de origem do candidato, deve haver uma boa preparação para a celebração da Ordenação, com uma novena ou tríduo ou outra forma conveniente. Essa é uma excelente oportunidade para fortalecer a Pastoral Vocacional e momento privilegiado para o despertar vocacional.
Fonte: Orientações e
Normas para os Sacramentos
(www.arqmariana.com.br)
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