Pela unção dos enfermos, a Igreja entrega as pessoas doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que as alivie e as salve. Pela unção com o óleo e a oração, os Presbíteros exortam os enfermos a que livremente se associem à paixão e morte de Cristo e contribuam para o bem do Povo de Deus. No encontro com o Senhor Ressuscitado, por meio deste sacramento, os fiéis doentes ou enfraquecidos pela idade são confortados, aliviados em seus sofrimentos e perdoados de seus pecados.
A Unção dos Enfermos pode ser ministrada: a) à pessoa fiel que, tendo atingido o uso da razão, encontra-se fragilizada por motivo de doença grave ou idade avançada; b) à pessoa fiel que, mesmo já tendo recebido este sacramento, recair em doença grave, ou durante a mesma enfermidade, se o perigo se agravar; c) antes de uma operação cirúrgica sempre que uma doença grave seja a causa da intervenção; d) em caso de dúvida se o doente já atingiu o uso da razão ou se está perigosamente doente ou se já está morto; e) a doentes inconscientes ou em estado de coma, privados dos sentidos ou do uso da razão, desde que se possa crer que provavelmente a pediriam se estivessem em pleno uso de suas faculdades.
Este sacramento pode ser ministrado em casa, no hospital ou em qualquer lugar onde se encontra a pessoa que irá recebê-lo. Além do Bispo, podem benzer o óleo a ser usado na unção: a) aqueles que, por direito, se equiparam ao Bispo diocesano; b) em caso de necessidade, qualquer presbítero, mas só na própria celebração do sacramento. As unções devem ser feitas cuidadosamente, com as palavras, a ordem e o modo prescritos nos livros litúrgicos. Em caso de necessidade, porém, basta uma só unção na fronte, ou mesmo em outra parte do corpo, pronunciando-se integralmente a fórmula.
O ministro deve fazer as unções com a própria mão, a não ser que uma razão grave, como doença contagiosa, aconselhe o uso de algum instrumento ou algo semelhante como, por exemplo, algodão. A prática pastoral de conceder este sacramento a doentes e idosos numa celebração comunitária deve ser incentivada, especialmente na Missa para os Enfermos, sobretudo por ocasião da Visita Pastoral, Festa do(a) Padroeiro(a), Quaresma, Semana Santa, Advento e outros momentos especiais.
Em celebrações comunitárias, mesmo que sejam numerosos os que irão receber esse sacramento, a unção deve ser concedida a cada um individualmente. Pode-se usar a Missa própria para os doentes, de acordo com as normas litúrgicas, na celebração na qual se concede o sacramento da Unção dos Enfermos. Em atenção aos enfermos e idosos, deve se evitar celebrações desnecessariamente prolongadas. Uma equipe bem formada deve preparar as pessoas que desejam receber a Unção dos Enfermos e orientá-las a respeito dos requisitos para receber este sacramento. Quando são numerosos os que irão receber a Unção dos Enfermos, todos devem ser devidamente identificados com um crachá ou outra forma conveniente.
Fonte: Orientações e Normas para os Sacramentos
(www.arqmariana)
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