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sexta-feira, 6 de junho de 2014

O sopro que nos une

Por Paróquia São João Batista   Postado As  08:36   Sem Comentários



“Soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,22)


Fogo, vento e água viva são os símbolos mais potentes usados na Bíblia para descrever a presença do Espírito Santo e de sua força criadora. São símbolos do movimento constante e do fluir silencioso dos processos que gestam a vida.

No relato da Criação, o Espírito que “pairava” sobre as águas (Gn 1,1) é a imagem da vibração divina que habita e se move no coração de tudo que existe. O Espírito é a respiração universal e daí brotam maravilhosamente todas as formas de vida.

Cada dia é o primeiro dia da Criação. A Criação está se renovando a cada instante e uma Energia profunda e criativa nos acompanha, nos anima e nos move. Estamos sendo criados; não estamos prontos e abandonados, não estamos condenados a um plano predeterminado. Em tempos de Pentecostes, é bom dizer a nós mesmos: “Somos criaturas, estamos sendo amorosamente criados e impulsionados a criar. Há esperança”.

Hoje podemos agradecer pela presença do Espírito nos perfumes que a humanidade exala: no seu empenho pela paz e justiça; na contribuição à integridade da vida; na ternura, colaboração e no cuidado; na resistência a todas as forças que desintegram a vida; no diálogo e na abertura às diferentes culturas e tradições espirituais.

A imagem do “soprar sobre eles”, no Evangelho deste Domingo, contém uma riqueza elegante: significa compartilhar o que é mais “vital” de uma pessoa, sua própria respiração, seu mesmo espírito. Por isso, a comunidade dos seguidores de Jesus, ao compartilhar com Ele o mesmo Sopro, torna-se uma comunidade que “com-inspira”, “respira junto”. Ao soprar o Espírito, Jesus e os discípulos respiram o mesmo ar, o mesmo sonho, a mesma utopia do Reino. Por isso, não é estranho que, com o Espírito, Jesus se refira à missão: é o mesmo Espírito, o seu sopro, que O conduziu e quer conduzir a nós também.

Temos de viver a partir do Espírito, transformando e vitalizando nossos gestos, pensamentos, compromissos e encontros. Por isso, Pentecostes não acontece até que, reconhecendo o Espírito como nossa Identidade mais profunda, nos deixemos guiar por Ele, ou melhor, viver a partir d’Ele. Assim, celebrar a festa de Pentecostes é celebrar nossa própria vida e Identidade.

Padre Adroaldo

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Paróquia de São João Batista - Viçosa - MG

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