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domingo, 14 de janeiro de 2018

Parceria: Questão de Sobrevivência e Salvação

Por Paróquia São João Batista   Postado As  12:36   Sem Comentários


No livro “Fábulas sobre a difícil arte de administrar”, José Roberto Machado conta-nos uma interessante história: “Era uma vez um campo de prisioneiros onde os presos eram divididos em grupos e cada grupo ocupava uma cela, onde eram acorrentados formando um círculo. No centro do círculo havia um grande caldeirão com uma suculenta sopa, único alimento que lhes era oferecido. Como os prisioneiros ficavam distantes do caldeirão, para se alimentarem usavam uma colher com um comprido cabo.
O inconveniente é que a colher alcançava a sopa, mas, por ser extremamente longa, não conseguia voltar e chegar até a boca dos prisioneiros. Desespero: eles não podiam se alimentar, apesar de a comida estar tão perto. O comandante do campo, certa vez foi fazer uma vistoria nas celas e observou que a maioria dos prisioneiros estava magra e faminta. Entretanto, em uma delas eles estavam fortes e bem alimentados.  Seria um milagre ou algum guarda estava libertando os presos na hora das refeições? Não era milagre.
Os prisioneiros dessa cela aprenderam na prática o significado da palavra parceria e passaram a alimentar quem estava a sua frente. Assim, todos enchiam a colher e todos comiam”.
O autor conclui: “Parceria é, antes de tudo, uma atitude; uma forma inteligente de oferecer para receber, com vantagens para todos. [...] Leva vantagem aquele que compreende que a melhor situação é a que beneficia a todos. Na matemática do mesquinho, quando um ganha, alguém perde. Na parceria, entretanto, todos ganham e a situação é sempre saudável e duradoura”.
Para sobreviver em sua situação extremamente difícil, os personagens dessa fábula não fizeram nada mais do que colocar em prática o Provérbio 11, 17 que diz: que “Quem faz o bem aos outros, a si mesmo o faz” ou Mateus 7, 12: “Em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas".
Essa história me lembra uma cerimônia de casamento quando o sacerdote perguntou a cada um dos noivos: “você está se casando para ser feliz?” Ao que ambos responderam “Sim, estou”, ele explicou: “Vocês devem se casar para fazer o outro feliz”. Fazendo assim, não há como o casamento dar errado. Cada um fará o melhor para agradar o outro. Mas se cada um se concentrar apenas na própria felicidade, a parceria está predestinada ao fracasso. 
Também em nossos serviços pastorais, só alcançaremos realização se trabalharmos para o bem-estar e crescimento comum. Se vamos à igreja para nos alimentar, sem nos preocuparmos se o outro também está crescendo na fé, o alimento não nos sustenta. Como diz minha mãe: “ninguém vai para o céu sozinho”, ou seja, a salvação é questão de parceria; professando a nossa fé em Jesus Cristo, vivendo a sua Palavra no amor e cuidado com o próximo teremos a recompensa divina.
Que no ano novo, possamos estabelecer parcerias efetivas que nos ajudem a viver bem e juntar tesouros no céu.  Feliz 2018!

Cida Zolnier

Sobre o autor

Paróquia de São João Batista - Viçosa - MG

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