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terça-feira, 14 de abril de 2020

Convertam-se e creiam no Evangelho” (Mc 1,15)

Por Paróquia São João Batista   Postado As  12:59   Sem Comentários



Estas palavras acompanham a imposição das cinzas sobre nossas cabeças na Quarta-feira de Cinzas, marcando o início de nossa caminhada quaresmal que deve ser de conversão que leva à fé, conforme nos exorta oprofeta Joel: “Voltem para o Senhor, seu Deus” (Jl2,13).

A Quaresma não é um fim em si mesma, mas caminho que termina na Páscoa do Senhor, que é a vitória da vida sobre o mal e a morte. Este é o caminho que devemos trilhar impulsionados pela esperança que ilumina nossa vida e anima nossa fé.
Marcada pelo recolhimento, pelo silêncio, e pela reflexão orantes, a
Quaresma não pode ser confundida como um tempo de tristeza ou de luto.
Ela é tempo da graça de Deus que escancara suas entranhas de amor e misericórdia infinitos.
É momento privilegiado do encontro com o perdão que nos reconcilia com Deus, com os irmãos e irmãs e com as criaturas.
Nossa vivência quaresmal deve, portanto, ter como primeiro distintivo a oração confiante e fervorosa que nos leva ao encontro do Deus amoroso que jamais deixa de atender às necessidades de seus filhos e filhas.

 Uma oração que se traduza mais na atitude de escutar que de falar, mais na entrega e no abandono à vontade de Deus que na exigência dos próprios desejos.
Uma oração que nos faça sair de nós mesmos para ir ao encontro do outro e, nele,  encontrar Deus. A oração nos desnuda diante de Deus e nos faz perceber nossas forças e fraquezas. Revela-nos a necessidade de autodomínio sobre nossos impulsos e desejos contrários à santidade para a qual somos vocacionados.

Coloca diante de nossos olhos a dor e o sofrimento de tantos irmãos e irmãs que, por causa da ganância e do egoísmo humanos, gritam por vida e amor. Compreendemos, assim, que devemos nos penitenciar por nossas indiferenças e omissões. Isso se dá por meio de um jejum que vai além de se abster da comida, mas que se traduz, sobretudo, na solidariedade com os pobres (cf. Is 58,6-8).

A prática do verdadeiro jejum torna-nos compassivos com nossos irmãos e irmãs, levando-nos à prática da verdadeira caridade que liberta e salva. 
Uma caridade que vai além da justiça porque nos faz olhar o outro com compaixão e nos move a servi-lo a partir de sua necessidade. Pela caridade, fazemo-nos próximos de quem está entre a vida e a morte, vítima do sistema que assalta e mata (cf. Lc 10,33).
Nesta Quaresma, deixemos ecoar em nossos corações o apelo da conversão e, decididamente, trilhemos o caminho da santidade fazendo-nos o último que serve a todos (cf. Mc 9,35).
Pe. Geraldo Martins

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Paróquia de São João Batista - Viçosa - MG

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