Hoje é muito comum ouvirmos falar em “qualidade de vida”, em humanizar as realidades. Como vivemos em tempos muito estressantes, vamos aprendendo que precisamos buscar uma vida com mais qualidade, comendo alimentos mais saudáveis, usando melhor nosso tempo, valorizando o que concorre para o bem de nossa vida.
Percebemos também que as realidades à nossa volta têm se tornado bastante desumanas, com o alarmante crescimento da violência, o excesso de barulho, a poluição, etc.
Um bom caminho para conseguirmos mais qualidade de vida seria vivermos em cidades mais humanizadas. Imaginemos se nossas cidades possuíssem muitas praças, muitas árvores e flores; se tivéssemos ruas mais largas e bem pavimentadas; se houvesse área de lazer em todos os bairros para as crianças e adolescentes, entre tantas outras coisas boas, não seria maravilhoso?
É preciso então que nos organizemos e exijamos dos poderes públicos que viabilizem aquilo que ainda é possível para nossas cidades. Estas coisas são dever do Estado e direito dos cidadãos.
No entanto, não podemos pensar somente no que é dever do poder público. Há coisas que nos dizem respeito se quisermos ter cidades melhores de se viver, mais humanizadas. Entre outras, poderíamos citar aqui: nos comportarmos melhor no trânsito, tanto como motoristas quanto como pedestres, pois ninguém vai querer que uma cidade seja humanizada se há motoqueiros alucinados, guiando sem lei suas motos; se motoristas correm como loucos e avançam sobre as faixas de pedestres ou invadindo espaços que não são seus, ou ainda, se há pedestres que não respeitam os momentos e lugares que lhes convém.
Poderíamos lembrar também que, em cidades mais humanas, os moradores, ao construírem as calçadas, pensam nos idosos e nas pessoas portadoras de necessidades especiais, e constroem calçadas retas, ao invés de adaptar as calçadas às suas garagens. São as garagens que se adaptam às calçadas, e não o contrário, não é mesmo?
Por último, entre as centenas de atitudes que nos cabem, poderia citar o fato de que, se queremos ter qualidade de vida, cidades boas de se viver, teremos que harmonizar a convivência entre nós. Mas, como harmonizar a convivência com vizinhos que a qualquer momento, sem pensar no bem do outro, colocam o volume do aparelho de som no maior altura?
Bem, precisamos e queremos vida de mais qualidade, cidades mais humanizadas, mas certamente tais coisas dependerão muito de nós.
Pe. Walter Jorge
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