Será que, na busca pelo espaço no mercado de trabalho, a mulher se esqueceu do lar? Por outro lado, a atuação dela deve ser somente no cuidado com a família? Será que sua essência e vocação estão apenas encerradas na maternidade e nos cuidados domésticos?
Papa Bento XVI, ainda como cardeal Ratzinger à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, respondeu estas perguntas em uma carta pastoral dirigida aos bispos de todo o mundo, na qual ele fala sobre “a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no mundo”.
Nessa carta, o cardeal diz que “embora a maternidade seja um elemento chave da identidade feminina, isso não nos autoriza, absolutamente, a considerar a mulher apenas sob o perfil da procriação biológica”.
Com relação ao campo de trabalho e ao espaço da mulher na família, o Bento XVI acrescentou: “As mulheres que desejarem realizar também outros trabalhos poderão fazê-lo em horários adequados, sem serem confrontadas com a alternativa de mortificar a sua vida familiar ou, então, arcar com uma situação habitual de estresse que não favorece nem o equilíbrio pessoal nem a harmonia familiar”.
Segundo o então cardeal Ratzinger, a identidade da mulher está na sua “capacidade para o outro”, em doar-se para gerar vida na família e na sociedade, pois esta é, segundo ele, “uma realidade que estrutura, em profundidade, a personalidade feminina”.
Voltemos, então, à pergunta inicial: “O que significa ser mulher?”. Ser mulher é ser sinal de doação, amor e vida para o mundo.
Feliz Dia das Mulheres!
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