Os pais precisam educar os filhos com o pulso do amor e da autoridade, do critério da excelência; o que é bem diferente de conduzir uma educação pautada no autoritarismo, na indiferença e no abandono. Educar com espiritualidade é proporcionar bem-estar ao filho.
Os pais se deixam contaminar pelas consequências
do relativismo do mundo moderno e acabam por não tirar proveito da sua própria
história, arriscando-se a viver como muitos intelectuais empobrecidos pensam:
“Quando ele estiver crescido, escolherá o que vai comer, que religião vai
professar e em que escola vai querer estudar, porque meu filho tem de ter
liberdade”. Que engraçado! Ele pode ter liberdade e não pode desenvolver a sua
espiritualidade? Como ter liberdade sem aprender a escolher e decidir? Como
seguir o que não conhece? O que nunca lhe foi apresentado?
Pense na espiritualidade de uma maneira ampla e
profunda, desassociada da religiosidade. Com certeza, esses conceitos irão se
encontrar, pois é impossível uma religiosidade sem espiritualidade. Mas é
possível tratar de espiritualidade sem estar focado na religiosidade. A
especialista em educação Mimi Doe afirma: “A espiritualidade é a base a partir
da qual nascem a autoestima, a ética, os valores, a sensação de fazer parte de
algo. É a espiritualidade que determina o sentido e o significado da
vida”.
A educação nesses moldes precisará oferecer aos
filhos um ambiente do qual eles participem e estejam preparados para o diálogo,
para a convivência e para fazer o bem. Um ambiente que ofereça abraço e elogios
quando necessários, que o outro seja reconhecido pelo que ele acerta, pelo que
faz de bom. Será por meio da ação e do compromisso em conviver bem que os
filhos poderão desenvolver uma espiritualidade fortalecida nos valores.
Judinara
Braz
Psicóloga
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