Maria sempre foi uma pessoa de trabalho e fé. Mesmo
antes de Jesus, ela já vivia sua fé, se colocando a serviço de Deus nos
trabalhos cotidianos. A fé não nasce no coração dos desocupados; nasce da vida
trabalhada, da vida a serviço de Deus nas coisas do dia a dia.
Maria não foi nenhuma heroína; foi uma mulher
comum, como as mulheres de seu tempo, mas soube colocar em prática sua fé.
Muitas vezes as pessoas dizem acreditar, mas não mudam sua vida, não mudam o
modo de agir. Felizes são aqueles que acreditam, colocando a Palavra de Deus em
prática.
Ainda muito nova, a menina Maria foi visitada por
Deus e se pôs a serviço. Seu sim afetou todos os seus projetos de vida. E se
José a abandonasse? O que seria dela como mãe solteira? Mas ela não impôs
condições a Deus. A fé não pode ser rasa, na condição de que não afete seus
planos futuros. Maria se entregou por inteiro, se comprometeu por completo.
Maria sabia que sua fé era seu bem maior e se
comprometeu por causa dela. Aceitou e viveu uma surpresa atrás da outra. A fé é
uma aventura, não há caminhos fáceis, previsíveis. Jesus é surpreendente,
desconcertante.
Maria foi aprendendo que mais do que seu filho,
Jesus seria seu mestre. E mais do que sua mãe, ela seria sua discípula. Ela foi
aprendendo que não teria privilégios como mãe de Jesus. No reino não há
privilégios: “meus irmãos e minha mãe são todos aqueles que fazem a vontade do
meu Pai”. Quem quer ser grande tem que ser o menor, o que serve mais.
Ela foi aprendendo que na escola de Jesus tem
sofrimento também. E ela esteve sempre junto dele até a
cruz; participando de seu sacrifício. A fé que se abre a Deus tem
sofrimento; sofrimento por amor. Não tenha medo de sofrer pela fé. Somos coparticipantes
da paixão do cordeiro que salva. Não tenhamos medo da escola da fé! Que Maria
nos ajude a perseverar nessa escola!
Padre Walter
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