As razões de nossa
esperança fundamentam-se em Jesus Cristo, que por nós se entregou, morreu e
ressuscitou. Cremos e esperamos nele, pois seu amor é mais forte do que a
morte. No final de 1979 o Papa São João Paulo II criou em Roma uma entidade
chamada de Nova Spes - Nova Esperança. Numa sociedade materializada como a
nossa, trata-se de relembrar ao homem sua excelsa dignidade.
A virtude da
esperança poderá soerguer o homem em 2016 e neste início de século. Com efeito,
a esperança mimoseia o homem com celeste alento: Eclesiástico diz: "sabei
que ninguém esperou no Senhor e foi confundido". Jeremias afirma: "O
Senhor é bom para os que nele esperam para a alma que o busca". Santo
Agostinho diz que a esperança é necessária em nossa peregrinação, ela nos
consola no caminho. A esperança teologal é no pensamento agostiniano um
princípio de ação. Este princípio é tanto mais sólido quanto se considera que
"o homem pode esperar e espera porque Deus é um bem e porque Deus o ajuda;
o esperar a Deus e em Deus são dois momentos da esperança inteiramente conexos
entre si".
Por isto, possuindo
esta virtude, o homem marcha resoluto para seu fim último e vai construindo um
mundo sempre renovado. Donde a necessidade de se combater o desespero, que é
sinal de decrepitude, sintoma de infantilidade. Eis por que só o homem que vive
na esperança pode construir uma nova sociedade, pois jamais repete, com os
discípulos de Emaús, "nós esperávamos", mas sempre diz jubiloso com o
salmista: "Em ti Senhor eu esperei, não serei confundido para
sempre". Como a esperança é a 2ª virtude teologal tem seu fundamento na
fé, esta dá acesso àquela. Não se espera o que não se crê possível. Santo Tomás
revela que: quando esperamos conseguir um bem de alguém, nos movemos para ele
como para nosso bem e começamos a amá-lo. Assim, a esperança acarreta paz,
alegria, força para quem a sabe cultivar. A bíblia diz: Bem aventurado o homem
que pôs a sua esperança no Senhor.
A esperança como foi
mostrado é um movimento da vontade para um bem que não se possui, mas que não
está fora de todo o alcance. Ela está presente no coração da fé e aliás São
Paulo afirmou: A fé é a garantia do que se espera, a segurança do que não se
vê. Por isso, nossa fé deveria garantir a realização das esperanças eternas.
Das terrenas, nem precisa tomar conhecimento, pois é isto que os poderosos do
mundo querem: que nós, os cristãos, nos ocupemos do céu e deixemos com eles a
condução (arbitrária) da terra. A esperança faz o cristão viver habitualmente
no céu e para o céu, mas lá onde todos estarão juntos na casa do mesmo Pai.
Feliz o que tem sua existência iluminada por tais virtudes. Solícito e
abençoado 2016 repleto de saúde, paz e amor! Tenha Jesus no coração e viva
feliz!
Juca
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