Com o Domingo de Ramos, iniciamos
a Semana Santa.
A entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém marca o fim daquilo que Jerusalém representava para o Antigo Testamento
e assinala o início da nova Jerusalém, a Igreja, que se estenderá por
todo o mundo
como um sinal universal da futura
redenção.
Na Igreja primitiva a celebração
desse domingo focalizava aspectos diferentes:
Em Roma, o tema central era a Paixão
do Senhor; em Jerusalém, era a Entrada
triunfal de Jesus, destacando a Procissão dos ramos.
Atualmente, as duas tradições se
integram numa única celebração.
- Por isso, a celebração começa
com o rito da bênção dos ramos, a leitura da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e a procissão.
- Termina com a celebração da
Eucaristia, com a proclamação da Paixão.
O Evangelho
convida-nos a contemplar a PAIXÃO
e Morte de Jesus, segundo a narrativa de Lucas. (Lc 22, 1-49)
O Sentido da
Paixão e Morte de Jesus:
A morte de Jesus deve ser
entendida no contexto daquilo que foi a sua vida. Desde cedo, Jesus percebeu
que o Pai o chamava a uma missão:
Anunciar a Boa Nova aos pobres e
pôr em liberdade os oprimidos.
- Ensinou que Deus era amor e não excluía ninguém, nem os
pecadores; ensinou que os pobres e os
marginalizados eram os preferidos de Deus.
- Avisou os “ricos” e os
poderosos, de que o egoísmo e o orgulho, só podiam conduzir à morte.
- O projeto libertador de Jesus
entrou em choque com as autoridades, que se sentiram incomodadas com a
denúncia de Jesus: não estavam dispostas a renunciar poder,
influência, domínio, privilégios.
Por isso, prenderam Jesus,
julgaram-no, condenaram-no e pregaram-no na cruz. A morte de Jesus é a conseqüência
do anúncio do Reino que provocou tensões e
resistências.
Celebrar a Paixão e Morte de
Jesus
é abismar-se na contemplação de um
Deus a quem o amor tornou frágil...
Por amor, ele veio ao nosso
encontro, assumiu os nossos limites, experimentou a fome, o sono, o
cansaço, conheceu a mordedura das tentações, tremeu perante a morte, suou
sangue antes de aceitar a vontade do Pai; e, estendido no chão, esmagado contra
a terra, traído, abandonado, incompreendido, continuou a amar.
Contemplar a Cruz onde se manifesta o amor de Jesus:
- Significa assumir a mesma
atitude de amor, de entrega e solidarizar-se com os que continuam sendo crucificados...
- Significa denunciar tudo o que
gera ódio, divisão, medo...
- Significa evitar que os homens
continuem a crucificar outros homens.
- Significa aprender com Jesus a
entregar a vida por amor...
Somos convidados a começar a
Semana Santa, com um novo ardor...
Que o grito de alegria de hoje,
não se converta em "crucifica-o",
na sexta feira.
Que os ramos, que são brotos novos
de propósitos santos, não murchem nas mãos e se
convertam em ramos secos.
Caminhemos até a Páscoa com amor.
Levamos hoje para casa RAMOS
BENTOS, como lembrança dessa celebração.
Não devem ser vistos como algo
folclórico, como amuletos da sorte ou de
proteção contra os perigos,
mas algo sagrado, que levamos para
casa como um SINAL visível do
compromisso assumido
de seguir Jesus no caminho ao Pai.
A presença dos ramos em nossos
lares deve ser uma lembrança de que hoje aclamamos a Jesus,
como nosso Rei, e que desejamos aclamá-lo durante
toda a nossa vida, como nosso Salvador.
Pe. Antônio Geraldo Dalla
Costa - 20.03.2016 (adaptação)
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