Certa vez um homem que valorizava o “ser” mais que
o “ter”, hospedou-se na casa de um amigo em Paris, na
França. Depois do jantar, o anfitrião convidou o hóspede
para visitar sua galeria de obras de arte e começou a
enaltecer, de maneira soberba, os bens materiais que
possuía. Disse que o homem vale pelo que possui, exibiu
escrituras, joias, títulos e outros valores.
Depois de ouvir tudo calmamente, o hóspede falou da
sua convicção de que os bens da terra não nos pertencem,
mais cedo ou mais tarde teremos que deixá-los.
Argumentou que os verdadeiros valores são as conquistas
intelectuais e morais e não as posses terrenas, pois são
sempre passageiras. No entanto, o materialista falou com
arrogância que ele era o verdadeiro dono de tudo aquilo
que mostrava ao visitante.
Diante de tanta teimosia, o hóspede propôs-lhe um
acordo. “Já que é assim, voltaremos a falar sobre esse
assunto daqui a 50 anos. Está bem”? O dono da casa respondeu:
“ora, daqui a 50 anos, nós já estaremos mortos,
pois ambos temos mais de 68 anos de idade”.
O hóspede respondeu: “É por isso mesmo que poderemos
discutir o assunto com mais segurança, pois só
então entenderá que nada do que conseguiu nesta vida
lhe pertence. Você é apenas administrador das coisas de
Deus.
Chegará um dia que terá de deixar toda posse material
e partir, levando consigo somente suas verdadeiras
conquistas, que são suas virtudes. Só então poderá avaliar
se é verdadeiramente rico ou não.
Meu irmão, minha irmã, o mundo vivencia tanta desigualdade!
Muitos animais são mais bem tratados do
que muitos seres humanos. Poucos têm muito e muitos
vivem de migalhas, vivendo com meio salário ou, às vezes,
nem isso! Tem gente morando em lugares que nem porco
consegue viver.
Novembro é um mês que nos leva a refletir sobre a
finidade do ser humano. Portanto, convido-o, com toda
ternura, a pensar: Que diferença fará daqui a 100 anos,
se você morou numa mansão ou numa casa simples, se
vestiu roupas sofisticadas, se pisou em tapetes ou chão
de terra, se teve grandes reservas bancárias ou não?
Absolutamente nenhuma.
No entanto, o que você fizer de caridade, de bom a seus
irmãos mais necessitados, fará muita diferença em sua
vida, não só daqui a 100 anos, mas por toda a eternidade.
Por essa razão, vale a pena pensar no que realmente tem
valor, pois um dia prestaremos contas
à nossa própria consciência.
A humildade abre portas, a
arrogância e a prepotência
as travam
com elos de
aço. Não faça de
sua vida um rascunho,
pois pode
não dar tempo de
passá-la a limpo.
Juca
0 comentários: