Não há cruz, grande ou pequena, que “o Senhor não venha compartilhar conosco”
Cerca de um milhão e meio de pessoas participaram da Via Sacra na praia de Copacabana na noite desta sexta-feira, 26. Ao final o papa Francisco desafiou os peregrinos para que se perguntassem com quem se pareciam: Pilatos, Simão Cireneu ou Maria.
Depois de uma hora e meia de cenas dramáticas que mostravam o sofrimento de Jesus, o papa Francisco disse aos peregrinos que Cristo estava olhando para eles e perguntando se poderiam ajudá-lo a carregar sua Cruz. “O que vocês diriam a ele?”.
As mensagens de cada uma das estações foram lidas por peregrinos de diferentes perfis: um missionário, um convertido, um ex-usuário de drogas, uma pessoa que representava as mães, um seminarista, alguém do movimento pela vida, um casal de namorados, uma mulher representando as pessoas que sofrem, um jovem que trabalha com redes sociais, um da pastoral penal, um jovem com doença terminal e um jovem deficiente auditivo.
Na sua reflexão enquanto acompanhava a Via Sacra, papa Francisco disse que a Cruz de Cristo acompanha todos que sofrem. “Com a Cruz, Jesus se une ao silêncio das vítimas da violência, que já não podem clamar, sobretudo os inocentes e indefesos; nela, Jesus se une às famílias que passam por dificuldades, que choram a perda dos seus filhos, ou que sofrem vendo-os presas de paraísos artificiais como a droga”.
“Nela”, ele continuou, “Jesus se une a quem é perseguido pela religião, pelas ideias, ou simplesmente pela cor da pele; nela, Jesus se une a tantos jovens que perderam a confiança nas instituições políticas, por verem egoísmo e corrupção, ou que perderam a fé na Igreja, e até mesmo em Deus, pela incoerência de cristãos e de ministros do Evangelho”.
Finalmente, assinalou que a Cruz “nos ensina a ser como Cireneu, que ajuda Jesus levar aquele madeiro pesado, como Maria e outras mulheres, que não tiveram medo de acompanhar Jesus até o final, com amor, com ternura”.
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