Sua mãe disse aos que serviam: “Fazei tudo o que
Ele vos disser”
(Jo 2, 5)
Vivemos
as alegrias pascais e, animados pela riqueza litúrgica de nossa Igreja conduzida
pelo Espírito Santo, alegramo-nos por levar em nossa vida e missão o nome do
Cristo Ressuscitado. Vamos aprendendo e transmitindo suas lições de amor e
serviço fraterno. Queremos, como os primeiros discípulos, ser testemunhas
alegres e confiantes na vitória do Senhor sobre a morte e o pecado, anunciar sua
Boa Nova: “Ele ressuscitou e está entre nós!” Como Tomé, humildes, repetimos:
“Meu Senhor e meu Deus!”, porque fomos lavados e libertados no sangue do
Cordeiro!
Como
somos felizes, por vivermos em comunidade, como os primeiros cristãos! Ele, o
Bom Pastor, chamou-nos e queremos sempre ouvir a sua voz e segui-lo...
conduzidos por Maria.
Vemos
que a pequena comunidade que seguiu o Mestre e cresceu, levando o Evangelho a
todos os povos, teve sempre presente a Mãe de Jesus, buscando aprender de sua
presença maternal, o jeito de ser fiel serva do Senhor, na oração-escuta, nas
palavras, nos gestos, no serviço.
Ao
assumir a cruz, tal foi a ternura e o zelo do Bom Pastor pelo seu rebanho, que
Ele quis confiar à sua própria Mãe a missão de continuar a orientar a Igreja
nascente, ali representada por João, o discípulo amado:
Jesus, então, vendo sua Mãe e perto dela, o
discípulo a quem amava, disse à sua Mãe: “Mulher, eis o teu filho!” Depois
disse ao discípulo: “Eis a tua Mãe!” (Jo 19, 26-27)
Uma
justa homenagem à Mãe do Senhor e da Igreja! Entretanto, mais que um tempo de
louvar e exaltar as virtudes da Rainha da Igreja, esse é um tempo forte de
oração e aprendizado junto a esta fiel serva do Senhor... Tempo de estar com
ela a cada instante, em retiro espiritual, à escuta do Senhor, à escuta dos
irmãos...
O Papa
Francisco, em sua exortação apostólica A
alegria do Evangelho, convida-nos a assumir com o coração alegre, nossa
missão evangelizadora, neste mundo tão sedento de Deus! E apresenta-nos Maria
como a “Estrela da nova evangelização”, por seu exemplo, proteção e interseção:
“Hoje fixemos n´Ela o olhar, para que nos
ajude a anunciar a todos a mensagem de salvação e para que os novos discípulos
se tornem operosos evangelizadores” (EG 287).
Sejamos,
com Maria, testemunhas vivas do Ressuscitado! Ela soube acolher o Verbo de Deus
em sua vida, seguiu cada passo de seu Filho e Senhor, desde a infância. Foi a Mãe
tão presente em sua vida pública, a ponto de antecipar o primeiro milagre em
Caná da Galileia. Foi a Mãe terna e dolorosa ao pé da cruz, a Mãe gloriosa, à
sua Ressurreição. Foi Mãe da Igreja, presença evangelizadora, junto aos
primeiros cristãos, perseverantes, reunidos na fração do pão e na oração... É nossa
Mãe espiritual, até a consumação dos tempos...
Quanto temos
a aprender de Maria! Somos Igreja em missão, num mundo que pede paz e justiça.
Sejamos, com Maria, pacificadores, pela presença orante, de escuta amorosa e
acolhimento ao outro! Rezemos, com ela, o Magnificat,
adorando o Senhor que em nós faz maravilhas e levando a todos a alegria do
Evangelho!
Francis Paulina
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