Às vezes ouço as pessoas dizerem “Padre, eu tenho muita fé, mas eu rezo em casa mesmo”, para se justificarem por não irem às missas nos finais de semana. Infelizmente, para muitos que se dizem católicos, a missa é uma mera obrigação imposta pela Igreja e rezar em casa tem o mesmo valor.
Em Lucas 22, 14, Jesus afirma: “Tenho desejado ardentemente comer esta ceia com vocês”. E, ao final da Ceia, acrescenta: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22, 19). Assim, podemos constatar claramente que a missa não foi uma criação da Igreja, mas nasceu de uma iniciativa de Jesus.
Se a missa é celebrada em memória dele, numa ação sagrada (sacramento) na qual a própria presença de Jesus se faz real, podemos responder com indiferença, nos recusar a aceitar o seu convite ou assistir passivamente como meros expectadores?
Além disso, a oração feita em casa não substitui a missa. Ambas são necessárias no caminho do discipulado; ambas foram ensinadas por Jesus. Oração particular e missa se complementam.
A missa é a forma mais perfeita de celebração, onde o Senhor se faz presente na assembleia celebrante, naquele que a preside, na palavra proclamada e, de maneira excelente, nos dons eucarísticos do Pão e do Vinho que consagrados nos comunicam a vida divina. “Isto é o meu Corpo, tomai e comei. Isto é o meu Sangue, tomai e bebei” (Lc 22,19). Como alguém poderá pensar que rezar em casa substitua isso?
Ir à missa e participar dela deveria ser sempre motivo de alegria e agradecimento. Aliás, participar é ajudar a realizar, celebrar junto e não apenas assistir. Uma assembleia que participa faz a missa alcançar toda a sua plenitude pela beleza do canto, das orações partilhadas, do estar juntos de maneira fraternal, do alimentar-se da vida do Senhor para se fortalecer na caminhada de uma fé comprometida com o Reino que Ele anunciou.
No lugar do “Ai, tenho que ir à missa!”, que tal o “Ó, que bom! Tenho o privilégio de poder ir à missa!”?
Que Deus abençoe a todos!
Pe Walter
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