Na liturgia deste fim de semana somos convidados e refletir sobre a Fé, esse Dom de Deus, essa capacidade de acreditarmos no que transcende nosso plano material. A fé é colocada em nós para termos a capacidade de nos relacionarmos com Deus e podermos viver Sua palavra e caminharmos na verdadeira felicidade.
Sim, fomos criados e somos chamados e capacitados por Deus para a felicidade e somos o que somos pela graça. Mas se tudo é graça e vem de Deus, onde entra a nossa participação? Deus já escreveu tudo e agora só fazemos o que ele determinou? Seria isso destino?
Certamente que o Plano de Deus para cada um de nós existe desde toda eternidade. Porém, Ele determinou em seu projeto que contaria com nossos atos livres para realizar seu Plano de Amor em criar um mundo melhor, salvar e conduzir seu povo à Glória no Amor. Assim não existe destino, pois este eliminaria de nós o livre arbítrio e nos isentaria de qualquer culpa ou mérito, pois estaria tudo determinado por Deus, mas fomos predestinados a contribuirmos com Deus com nossos atos livres e juntamente com Ele, implantar Seu Reino.
Portanto, nossa fé deve ser vivida e correspondida com a Graça e é nesse esforço que mostramos a Deus nossa adesão ao seu projeto. Por isso São Tiago nos fala que a fé sem obras é morta. Ter fé significa aderir ao plano de Deus e tê-lo como companheiro de caminhada onde, numa relação de amizade, criam-se momentos de vida partilhada; onde os frutos e as obras surgem como resultado do amor dessa relação pessoal.
Nesse relacionamento, temos que ser moldados pelo Espírito Santo, que vem em socorro de nossas fraquezas e nos leva a termos os mesmos pensamentos de Cristo Jesus, renunciando a tudo para viver Seu projeto: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”. Tomar a cruz não significa ter uma vida de sofrimento, mas assumir o projeto de Deus, na alegria de uma comunhão que cresce a cada dia.
Texto extraído de http://www.comdeus.org.br/ e adaptado
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