Muitos casais, infelizmente, não conseguem ter filhos por alguma causa de infertilidade do marido ou da esposa. Esses casais não devem se desanimar e a Igreja recomenda que valorizem o seu matrimônio de forma a “ter uma vida conjugal cheia de sentido humano e cristão. Seu Matrimônio pode irradiar uma fecundidade de caridade e acolhimento” (CIC § 1654).
Esses casais podem e devem buscar os legítimos recursos da medicina para conseguir os filhos desejados. A Igreja ensina que: “As pesquisas que visam a diminuir a esterilidade humana devem ser estimuladas, sob a condição de serem colocadas ‘a serviço da pessoa humana, de seus direitos inalienáveis, de seu bem verdadeiro e integral, de acordo com o projeto e a vontade de Deus’” (Instrução Donum vitae, CDF, intr. 2).
A Igreja não aceita as técnicas que provocam uma dissociação do parentesco, pela intervenção de uma pessoa estranha ao casal, pois lesam o direito da criança de nascer de um pai e uma mãe conhecidos dela e ligados entre si pelo casamento. Essas técnicas são moralmente inaceitáveis, pois dissociam o ato sexual do ato procriador. O ato fundante da existência dos filhos deve ser o ato pelo qual os esposos se doam um ao outro.
A Igreja também nos lembra que ninguém tem o direito a um filho. Nesse campo, somente o filho possui verdadeiros direitos: o “de ser o fruto do ato específico do amor conjugal de seus pais, e também o direito de ser respeitado como pessoa desde o momento de sua concepção” (CIC § 2378).
Os casais sem filhos podem mostrar sua generosidade adotando crianças desamparadas ou prestando relevantes serviços em favor do próximo” (CIC § 2379).
Nossa fé nos ensina que só os egoístas desperdiçam a vida. Portanto, mesmo que os casais inférteis não possam ter seus filhos naturais, poderão ter seus filhos “do coração”; que não deixam de ser menos filhos. Quantos filhos adotados dão mais alegria a seus pais que os filhos naturais! Jesus não teve um pai natural na terra; mas teve um grande pai adotivo: São José.
Prof. Felipe Aquino
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