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sábado, 3 de agosto de 2013

Tudo é vaidade!

Por Paróquia São João Batista   Postado As  05:24   Sem Comentários


“A vida de um homem não consiste na abundância de bens” (Lc 12,15)

Na parábola deste domingo, o rico fazendeiro, no seu monólogo, revela o seu ideal de vida longa e assegurada. Não pensa nos camponeses que trabalham em suas terras. Todo o relato insiste no uso dos pronomes possessivos: minha colheita, meus celeiros, meus bens, minha vida... Ele não se dá conta de que vive fechado em si mesmo, prisioneiro de uma lógica que o desumaniza, esvaziando-o de toda dignidade. Aumenta seus celeiros, mas não sabe ampliar o horizonte de sua vida.
Aumenta sua riqueza, mas diminui e empobrece sua vida. Acumula bens, mas não conhece o amor generoso, a amizade, alegria e solidariedade. Não sabe compartilhar, só monopolizar. A vida desse rico é um fracasso e uma insensatez, pois quem vive centrado em si mesmo perde a vida.
O coração do ser humano é feito de “matéria nobre” e de profundas “carências existenciais”.  A matéria nobre vem de sua capacidade de amar e de sua disposição à comunhão e partilha. Suas “carências” provêm de sua limitação como criatura e de seu pecado. Essas “carências” do coração tomam o nome de insegurança, desconfiança, medo do futuro, da morte...
O apego aos “bens” se apresenta como uma das tentações mais poderosas para todo seguidor de Jesus. Esse apego tem suas raízes fundadas no pânico produzido pela insegurança. O dinheiro e os bens apresentam-se, então, como solo firme sob nossos pés.
Finalmente, a riqueza acaba-se por criar uma dura cortiça que defende e isola a pessoa e a aliena numa insensibilidade para com tudo aquilo que não seja sua própria realidade. Uma profunda autossuficiência leva-a a considerar-se forte porque tem tudo.
Contra a tendência a querer apropriar-se de tudo como busca de segurança e como defesa hostil diante do outros, Jesus nos convida a compartilhar, como alternativa às relações interpessoais de opressão e exclusão.
Na partilha, a primitiva tendência egoísta e agressiva dá lugar a uma atitude aberta, acolhedora e benevolente frente ao outro. Onde há partilha, há superabundância (Mc 6, 30-46).
Padre Adroaldo

                                                                               

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Paróquia de São João Batista - Viçosa - MG

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