Há tempos temos percebido como questões de extrema complexidade são abordadas de maneira simplista em nosso meio, sobretudo pela grande mídia.
Há que se recordar, por exemplo, como o divórcio, uma questão tão dolorosa para as famílias, tem sido abordado de modo leviano, durante anos na TV e no cinema. Dificilmente se fala da situação dos filhos após a separação, dos conflitos religiosos na consciência das pessoas ou nos dramas das novas uniões.
Para a mídia, o importante é mostrar o suposto direito da pessoa a quem, segundo os enredos, convinha a separação. A frase a acompanhar essa situação, e que virou um lugar-comum é: “você tem o direito de ser feliz”! Mas esse aclamado “direito” tem realmente levado as pessoas à felicidade?
Precisamos reconhecer que os direitos das pessoas são importantes conquistas dos últimos tempos e não podemos deixar de nos alegrar quando são respeitados. No entanto, é preciso repensar a questão dos direitos de cada um, antes de querer usá-los como respostas a questões graves como o aborto, a redução da maioridade penal e a eutanásia, entre tantas outras que emergem hoje.
Não será com refrões simplistas, com argumentos passionais e com preconceitos que iremos dar as necessárias respostas. Também não será atribuindo a algumas ciências o papel de juízes infalíveis que chegaremos à clareza necessária.
Os cristãos que pensam a vida a partir de Jesus Cristo e de seus ensinamentos deverão propor ao mundo respostas cristãs, fruto da razão iluminada pela fé.
Os tempos são graves. Precisamos buscar um modo de vida que os tornem melhores. Querer o direito para alguns somente não ajudará a gerar um futuro mais luminoso para a vida em nosso planeta.
Padre Walter
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