O sétimo artigo do credo nos ensina que Jesus virá um dia para julgar os vivos e os mortos. Depois que Ele subiu aos céus, a comunidade cristã carregou consigo o aviso celestial de que o seu Senhor voltaria do mesmo modo como o viram partir (At 1, 11). Essa esperança é trazida por sua Igreja até os dias de hoje.
A Igreja, sua esposa, espera ansiosamente a segunda vinda de seu Senhor, clamando: “Vem, não demores mais!” (Ap 22, 20). O momento em que vivemos é o tempo da espera vigilante, como a parábola das dez virgens. Quando o Esposo chega, leva consigo somente as cinco jovens preparadas (Mt 25,1-13).
O Esposo é o Senhor, e o tempo de espera da sua chegada é o tempo que Ele nos presenteia com misericórdia e paciência, antes da sua vinda final. É um tempo em que devemos ter acesas as lâmpadas da fé, da esperança e da caridade; tempo de ter aberto o coração para o bem, para a beleza e para a verdade. Tempo de viver segundo Deus, porque não conhecemos nem o dia, nem a hora da volta de Cristo.
“Estejamos preparados para um lindo encontro com Jesus. Encontro que significa saber ver os sinais da sua presença, ter viva a nossa fé, com a oração, com os Sacramentos, ser vigilantes para não dormirmos, para não esquecermos de Deus” (Papa Francisco).
Na sua segunda vinda, Jesus submeterá tudo e todos ao seu juízo de Amor, pois “O Pai entregou todo julgamento ao Filho” (Jo 5, 22) e Cristo “retribuirá a cada um segundo suas obras e segundo tiver acolhido ou rejeitado sua graça” (CIgC, 682).
Cristo vem para levar-nos à misericórdia de Deus que salva. Ele nos pede apenas confiança e que correspondamos ao seu amor com uma vida boa e ações animadas pela fé e amor. Que o juízo final nunca nos dê medo, mas nos leve a viver melhor o presente, para que o Senhor, no final da nossa existência e da história, possa reconhecer-nos como servos bons e fiéis.
Seminarista Tiago Gomes
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