JMJ: Rio 2013

Recordo-me bem da Jornada das Famílias no Rio de Janeiro em 1997 quando eu, em plena juventude, servia ao exército brasileiro e fiz parte da segurança nos locais por onde passaria o Papa João Paulo II. Naquela época, tive a oportunidade de participar de uma vigília com o Papa no Maracanã.

Quando cheguei ao estádio, uma multidão com bandeiras cantava “a bênção, João de Deus”. Senti que algo começava a mudar em mim. Ali vi o Papa João Paulo II passar a dois metros de mim. Ao abençoar a multidão, era como se ele olhasse para mim e me abençoasse. Era como se o próprio Cristo olhasse para mim como olhou para Pedro, depois de ter sido negado por ele.

Naquele olhar de amor, pude experimentar verdadeiramente o amor que vem de Deus; senti que estava no céu. Caí, então, num profundo choro. Mas ao olhar para o lado vi meus amigos e saí correndo em disparada, negando tudo aquilo que estava acontecendo.

Fiquei lá atrás quieto e depois voltei para a mesma vidinha, mas dentro de mim as palavras do Santo Padre gritavam. Sucumbi-me por anos, pois era jovem e achava que tinha uma vida inteira pela frente, já que “esse negócio de seguir Jesus é para pessoas mais velhas”.

Hoje creio que o dever de todos os batizados é apresentar Jesus ao próximo e não sucumbir diante das adversidades e das fraquezas humanas.

Jovem, não queira para você uma vidinha qualquer. Aceite o chamado de Jesus: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19). A Jornada Mundial o convida a sair de si mesmo e ir ao encontro das ovelhas perdidas para, com o seu testemunho de vida, transformá-las em discípulos.

Foi o próprio Jesus quem prometeu “Estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 20).  Coragem! Jesus está com você! Prepare-se nas missas dominicais e com uma boa confissão. Mergulhe neste oceano de bênçãos que é o próprio Cristo Jesus. Lembre-se sempre das palavras de João Paulo II: “A Igreja será jovem quando o jovem for Igreja”.

Gilmar Marques

(Ministro da Eucaristia, Paróquia São João Batista)