O maior direito que uma criança tem é o de nascer e crescer em condições dignas de vida. A primeira dessas condições é a existência de uma família sólida. No seio de um lar estável, a criança receberá o carinho do olhar da mãe, a ternura do pai e o afeto dos irmãos, que são indispensáveis para a sobrevivência.
Brincando, a criança construirá o sentido de si mesma. Criança que não brinca é criança sem história. Infelizmente, muitas crianças hoje são privadas da prazerosa e saudável prática de brincar por brincar. Muitos pais, por conveniência, deixam seus filhos passarem horas diante da televisão ou de um computador, até mesmo assistindo a programas impróprios para a idade e inocência deles. Assim, vão perdendo o precioso tempo da infância.
Sempre que nós adultos nos reunimos em família ou com amigos, acabamos falando da infância. Temos muitas histórias para contar e partilhar. Sempre vem aquela saudade gostosa do nosso tempo de criança. Relembramos como era gostoso brincar de queimada, bandeirinha, carniça, pique, passa anel, amarelinha, boneca, bola, roda, pular corda, soltar pipa (sem cerol), brincar com barro, na areia, fazer comidinha etc..
Entre tantas outras brincadeiras, relembramos também dos passeios na roça, na casa de alguns parentes, quando ainda se tinha o hábito de fazer visitas, hábito esse que está se perdendo por culpa do corre-corre do dia a dia. Quem mais se divertia éramos nós, as crianças. Bons tempos aqueles...
Sabemos como é difícil ter espaço para certas brincadeiras hoje porque a cidade cresceu muito. Os carros, as motos e a violência impossibilitam as brincadeiras de rua. Mas com boa vontade e criatividade, sempre podemos achar um campinho, um espaço, um clube, um sítio, para soltar nossas crianças e deixá-las gastar as energias em atividades que fazem tanto bem à saúde.
Brincar é um direito que toda criança tem. Se ela não se divertir, não brincar, não queimar as calorias, poderá ser um adulto depressivo, obeso, sem história e infeliz. Nós pais não queremos carregar essa pesada culpa. Vamos, então, deixá-las brincar mais. Vamos também brincar mais com nossos filhos. Será bom para todos.
Marcelino
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