Certa vez Jesus sobe a montanha para orar, enquanto os discípulos ficam na barca. Durante a madrugada, Ele se aproxima, caminhando sobre o mar, e os discípulos ficam aterrorizados pensando ser um fantasma, mas Ele os tranquiliza: “Sou eu. Não tenhais medo!” (Mt 14, 23-27)
E nós? Quais fantasmas perturbam nossa vida? Traumas de uma infância difícil, pobre ou sem carinho dos pais? Traumas de um professor perverso? Medo de doença, da morte, do futuro?
Quanto de nossas vidas é desperdiçado por causa desses fantasmas? Quantos momentos presentes são destruídos por causa de mágoas passadas? Quantas oportunidades presentes são arruinadas pelo medo do futuro?
Por que as experiências traumáticas continuam a nos influenciar tanto? Por que a gente acredita que o fantasma daquele professor ruim pode nos impedir de passar no vestibular ou ser aprovado num concurso e não acreditamos que a misericórdia divina pode orientar nossos estudos para a aprovação?
Sobre o fantasma do futuro, a Bíblia nos diz: “não vos preocupeis com o dia de amanhã. O dia de amanhã terá as suas preocupações próprias” (Mt 6, 33). Sobre o passado, Ela afirma que “Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo” (2 Cor 5, 17).
O que fazer, então, com esses fantasmas? João (8, 32) nos diz que “conhecereis a verdade e ela vos libertará”. Se buscarmos conhecer mais a Verdade, dia após dia, venceremos os medos, pois nada poderá nos separar do amor do Pai. Nem a tribulação, a angústia ou a perseguição, porque “em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou” (Rm 8, 35-37).
Se nada pode nos separar do amor d’Ele, o que ainda nos assustará?
Cida Zolnier
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